A Decisão
Tardes de domingo são sempre boas para escrever... 🙂 Pois então cá vai... 🙂
Há decisões que mudam uma vida. Se alguma vez tive dúvidas posso agora dizer com toda a certeza que é verdade, verdadinha!!! Num belo dia de Outono, por impulso, tomei uma decisão que mudou a minha vida por completo. Mas será melhor começar do início… Como já desvendei um pouquinho no primeiro post, durante trinta anos da minha existência vivi com medo, pânico, fobia a cães… E antes que perguntem… Sim, todo o tipo de cães. Grandes, pequenos, de raça, rafeiros, de casa ou de rua… E convivi com este medo incapacitante durante todo este tempo… Digo incapacitante, pois só quem tem esta fobia percebe como é fácil começar a evitar locais ou situações só para não ter qualquer tipo de contacto com este ser de quatro patas, que na nossa cabeça se vai atirar a nós e desfazer em questão de segundos… E a questão é que sempre achei os patudos uns fofos e nunca apesar do meu medo lhes desejei mal algum. O problema estava em mim e não num pequeno ser, por vezes ainda indefeso. Mas os amigos começaram a ter cães e o marido sempre quis que tivéssemos um cão nosso, um filho de quatro patas… e volta e meia lá me mostrava fotos de uns pequenos seres fofos e super queridos denominados “Jack Russell”. Mas eu sempre disse “não”, “és maluco” ou “algum dia lá vou ter um cão”… E fui inventando todas as desculpas e mais algumas para não termos o dito cachorro. Mas o meu marido tinha dois objetivos: ter um cão e com isso fazer-me perder o meu medo… E aos poucos sem lhe contar, fui pesquisando sobre aqueles pequenos seres. Tinha que saber tudo sobre a raça, para depois ponderar durante meses a possível chegada de um patudo à nossa casa…
Quando pensei que num futuro longínquo poderia vir a ter um cão, gostava de adotar um pequeno abandonado. Mas algumas questões fizeram com que não fosse possível. Criticada por muitos por “querer” um cão de raça expliquei várias vezes que devido ao meu medo teria de ser um cão bebé para poder aprender com o crescimento dele e perder medos parvos que tinha, como por exemplo por a mão na boca de um cão, embora bebé! Todos sabemos que os canis não têm muitos cães bebés e quando têm, por vezes não sabemos de que porte será, o quão grande vai ficar e teria muita dificuldade em ter num apartamento um cão maior… Devido às minhas alergias teria de ser também um cão de pêlo curto, preferencialmente. Daí ter pesquisado bastante sobre a raça…
E aquela que deveria ter sido uma decisão bem pensada e ponderada resumiu-se a uma manhã de procura pelo patudo que iria deixar o marido mais feliz e se corresse bem, a mim também! O marido trabalha bastante e por vezes passo muito tempo sozinha, por isso senti que poderia ser boa ideia ter um “cãopanheiro”. E puf!!! Um dia o marido chegou do trabalho e eu disse: “Vamos ter um cão! Um Jack Russell bebé e podemos ir busca-lo já esta semana…” Ele ficou perplexo, feliz, mas ao mesmo tempo pouco seguro de que eu iria manter a minha decisão. Sei que ele não sabia o que sentir ou pensar e eu já estava apaixonada pelo peludinho da foto. Não sei explicar o porquê, mas algo naquele patudo me fez tomar a decisão por impulso e sem grandes dúvidas…
Como sou nova nestas andanças de blogar irei dar-vos mais pormenores desta história de amor num próximo post… Mas posso adiantar que há decisões tomadas por impulso que se tornam nas mais acertadas! 😊
Até ao próximo post! Espero que voltem… 😊 💓